sábado, 26 de abril de 2014

Um sopro alentador


◊   Porto Alegre (RV) - Durante cinquenta dias a comunidade de fé canta e celebra a vitória de Cristo sobre a morte. Paulo de Tarso, escrevendo sobre esse evento à comunidade de Corinto, recorda aspectos fundamentais de sua pregação, quando lá esteve; ou seja, que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e, em seguida, aos doze” (1Cor 15, 3-5); e conclui exclamando: “Ó morte, onde está tua vitória?” (1Cor 15, 55).

A Igreja, ao longo dos séculos, em meio a luzes e sombras, continua celebrando esse evento. Sua fé está fundamentada, sobretudo, no testemunho daqueles homens e mulheres – discípulos da primeira hora – que puderam ver e tocar o Senhor da vida e da morte.

Nós, homens e mulheres do século XXI, participantes de tantas realizações e conquistas da ciência e da técnica, temos a convicção de que podemos muito, mas não podemos tudo. Podemos extrapolar as fronteiras da terra, podemos manipular a vida, destruir a natureza-ambiente, construir satélites capazes de estar ao lado das estrelas, levando e colhendo informações ao redor de todo o planeta... Uma coisa, porém, não podemos: vencer a morte! Podemos favorecer e prolongar a vida, mas não dominá-la.

Esquecemo-nos, por vezes, de nossa condição radical: somos pó, somos barro! Com uma distinção: este pó, este barro vive. Há um ‘sopro’ no seu íntimo que o faz viver. Esse ‘sopro’ é expressão da inciativa de amor de Alguém que nos desejou e nos quis!

Após os fatos trágicos de Jerusalém, os discípulos de Jesus, num primeiro instante, sentiram-se abandonados, abatidos, impotentes. O poder do cálculo pensa poder controlar e manipular tudo. O poder do amor se expressa de modo inusitado: é capaz de perceber na ausência uma presença mais forte que a morte! Vê que aquilo que o cálculo, devido ao seu modo característico de proceder, não pode compreender, Deus escolheu para expressar seu amor infinito para com tudo e todos.

No seio da comunidade reunida, o Senhor se manifesta e sopra sobre eles (Jo, 20, 22). Sem o sopro do Ressuscitado a comunidade é pó, barro sem vida incapaz de testemunhar esperança e vida. Sem o sopro do Ressuscitado, a comunidade pode expressar convicções, segurança, firmeza; mas não é capaz de abrir-se à realidade sempre nova da Vida que se oferece generosa e gratuitamente. Sem o sopro do Ressuscitado, corre-se o risco de se ficar preso a costumes e tradicionalismos que não permitem o irromper do sempre novo proporcionado pela experiência do Encontro com o Ressuscitado. Sem o sopro do Ressuscitado, pode-se cair na satisfação de uma religião estática; de uma religião que controla e manipula todo comportamento.

O sopro do Ressuscitado faz novas todas as coisas. Faz os surdos ouvirem, os cegos verem, os mudos falarem!

Não estaria a nossa sociedade se ressentindo de um vazio que ninguém pode preencher? De uma escuridão, onde nada mais parece brilhar? De um medo que faz com que sempre mais fechemos nossas portas? De um sopro capaz de propiciar alento a nossas angústias e incertezas, desejos e sonhos?

+Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Jesus está vivo, não o procuremos entre os mortos – o Papa na audiência geral em dia de S. Jorge


Tempo cinzento em Roma mas uma alegria solar irradiava nos corações das dezenas de milhares de peregrinos presentes na Praça de S. Pedro para a audiência geral com o Papa Francisco nesta quarta-feira, dia 23, dia de S. Jorge. “Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo?” – esta frase do Evangelho de S. Lucas serviu de mote para a catequese proposta pelo Santo Padre:

“Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo?”
Nestes dias em que celebramos a alegria pascal de que Cristo ressuscitou e permanece para sempre vivo e presente no mundo, a pergunta que os anjos fizeram às mulheres no sepulcro, também se dirige a nós: «Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo?»
De facto – continuou o Santo Padre – às vezes, podemos fechar-nos em várias formas de egoísmo, seduzidos pelas coisas deste mundo, deixando de lado Deus e o próximo.
“Mas não é fácil aceitar a vida do Ressuscitado e a sua presença no meio de nós. O Evangelho faz-nos ver as reações do apóstolo Tomé, de Maria Madalena e dos dois discípulos de Emaús: faz-nos bem confrontarmo-nos com eles.“
Desta forma – continuou o Papa – podemos ser como Tomé, querendo tocar nas chagas para acreditar; ou como Maria Madalena, que vê Jesus, mas não o reconhece; ou ainda, como os discípulos de Emaús, que sentindo-se derrotados não percebem que é o próprio Jesus que os acompanha. “Porque procuras entre os mortos aquele que está vivo tu que perdes-te a esperança e tu que te sentes aprisionado pelos teus pecados? Porque procuras entre os mortos aquele que está vivo tu que aspiras à beleza, à perfeição espiritual, à justiça, à paz?
Não podemos, assim, procurar entre os mortos aquele que está vivo! – sublinhou o Santo Padre. Por isso, é preciso maravilhar-se novamente com Cristo ressuscitado, para poder sair dos nossos espaços de tristeza e abrirmo-nos à esperança que remove as pedras dos sepulcros e nos dá coragem para anunciar pelo mundo fora o Evangelho da vida. – concluiu o Papa Francisco.
O Papa Francisco no final da catequese saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Dou as boas-vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmentemente aos fiéis de Lisboa e aos diversos grupos do Brasil. Queridos amigos, a fé na Ressurreição nos leva a olhar para o futuro, fortalecidos pela esperança na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!”
Na saudações em língua italiana o Santo Padre referiu em particular a sua proximidade e oração aos trabalhadores da Lucchini de Piombino, em Livorno, na região italiana da Toscânia de quem recebeu uma video-mensagem que referia o quase seguro encerramento desta histórica e importante unidade siderúrgica:
“Caros operários, caros irmãos, abraço-vos fraternalmente e aos responsáveis peço de fazerem todos os esforços de criatividade e generosidade para reacender a esperança nos corações destes nossos irmãos e de todas as pessoas desempregadas por causa do desgoverno e da crise económica. Por favor, abram os olhos e não fiquem com os braços cruzados…”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O sofrimento não pode nos fazer desistir - Pe. Fábio de Melo - Direção E...

http://direcaoespiritual.blogspot.com...

Programa de 18/Setembro/2013. Neste vídeo Padre Fábio de Melo canta a música "Não desista do amor" a fala sobre a origem dela, que foi composta por um amigo seu enquanto lutava contra um câncer, e que infelizmente veio a falecer. Padre Fábio toma esta situação como exemplo para nos alertar que mesmo diante de doenças graves não devemos nos entregar ao sofrimento. Padre Fábio também reflete sobre como estamos cuidando de nossas vidas, pois muitas doenças são causadas pela forma errada como conduzimos nossas vidas.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Orações pela saúde da Lazarete

Lazarete é a primeira do lado direito (camiseta branca)
 Amigos solicitamos orações pela saúde da Lazarete (que pertence ao Grupo Mãe Admirável das CNSE) que recuperasse de AVC.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quaresma 2014 | Confira a programação da sexta-feira Santa!

Sexta-feira Santa na Rede Aparecida, acompanhe a nossa programação!


7h30: Santo Terço
9h: Meditação da Via Sacra
12h: Sermão das 7 Palavras
13h: Filme Maria de Nazaré
15h: Celebração da Paixão
16h30: Encenação da Paixão de Cristo direto de Nova Jerusalém
18h: Celebração das dores de Jesus
19h: Via Sacra direto de Coliseu de Roma

Semana Santa na Rede Aparecida, tempo de misericórdia e redenção!

REDE APARECIDA
A TV de Nossa Senhora
http://www.A12.com/tv
http://twitter.com/redeaparecida
http://twitter.com/tvaparecida

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"AMA E SERÁS AMADO"

O lema de João da Cruz, místico espanhol do século XVI, é muito verdadeiro. Ele afirmava: "Onde não há amor, coloca amor e encontrarás amor."
Já experimentei muitas vezes e realmente dá certo. Mesmo em ambientes inóspitos.
Uma vez por mês, vou voluntariamente atender os detentos de 3 unidades prisionais da região metropolitana de Belém. É um simples atendimento médico, mas procuro colocar amor naquele pequeno gesto. Muitas vezes eles respondem com um gesto ou expressão que denota o desejo de corresponder.
Em casa, na rua, no trabalho, na escola. Em qualquer ambiente essa fórmula dá resultados. Experimentem! Porém, sem pretensões.
Para hoje, dia 03 de abril de 2014:

"AMA E SERÁS AMADO"

Abraços,
Apolonio