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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
O mundo vive carente de alegria. Alegrai-vos no Senhor
O mundo vive carente de alegria.
Na exortação apostólica "A ALEGRIA DO EVANGELHO",
o Papa Francisco nos lembra que "a alegria do
Evangelho
enche o coração e a vida inteira daqueles que se
encontram com Jesus.
Os que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado,
da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
As Leituras bíblicas são um convite muito forte para a ALEGRIA,
porque o Senhor, que esperamos, já está conosco e
com ele preparamos o Advento do seu Reino.
Por isso, o 3º domingo do Advento é chamado "Domingo
da alegria".
A 1ª Leitura
é um Hino à ALEGRIA. (Is 35,1-6a.10)
O profeta deseja despertar e fortalecer a esperança dos
exilados.
O povo atravessava um dos piores períodos de sua história:
Jerusalém e o templo destruídos, o povo deportado na
Babilônia.
Mesmo assim, o profeta prevê a ALEGRIA dos tempos messiânicos:
fala do deserto que vai florir, da tristeza que vai dar
lugar à alegria,
Ele libertará os cegos, os coxos, os mudos de suas
doenças...
* São SINAIS que indicam a chegada de um mundo novo,
onde não haverá mais lugar para a doença, a dor e o pranto..
Na 2ª
Leitura, Tiago convida à espera com PACIÊNCIA. (Tg 5,7-10)
No Evangelho, Jesus mostra que o mundo novo anunciado pelo
Profeta
já chegou. O texto
tem 3 partes: (Mt 11,2-11)
1. A PERGUNTA de João Batista:
João Batista estava preso... por Herodes... por reprovar o seu
comportamento...
Ele anunciara um juiz severo que castigaria os pecadores...
Ao invés, defronta-se com alguém que se aproxima dos
pecadores.
Perplexo, envia a Jesus dois discípulos com uma pergunta bem
concreta:
"És tu aquele que há de vir, ou devemos
esperar por outro"?
2. A RESPOSTA
de Jesus:
Jesus responde apontando seis sinais concretos de libertação,
já anunciados por Isaías há muito tempo:
"Ide contar a João o que estais ouvindo
e vendo:
cegos... paralíticos... leprosos...
surdos... mortos... pobres evangelizados..."
E acrescenta: "Feliz
quem não se escandalizar de mim..."
* Jesus mostra a João que as suas obras comprovam a era
messiânica,
mas sob a forma de
atos de salvação, não de violência e castigo.
3. O TESTEMUNHO
de Jesus sobre João:
- João Batista não é um CANIÇO que verga conforme o vento:
não é um pregador
oportunista que se adapta conforme a situação.
- Não é um CORRUPTO que vive na fortuna e no luxo...
- É muito mais que um PROFETA... "É o maior
dos nascidos de mulher".
= Mas, com surpresa, acrescenta:
"No entanto, o menor no Reino dos céus
é maior do que ele".
* Os que já pertencem ao Reino transcendem àqueles
que o precederam e
prepararam.
Declaração implícita da superioridade do Novo sobre
o Antigo Testamento;
da Igreja sobre a
Sinagoga; da Lei de Cristo sobre a Lei de Moisés.
+ A Ação libertadora de Deus deve continuar na História
através de gestos concretos
dos seguidores de Cristo.
"Ide contar a João o que estais OUVINDO
e VENDO..."
Pelos "sinais", que podiam ver e ouvir, Jesus
comprovava
a presença salvadora e libertadora de Deus no meio dos
homens.
Para perpetuar no mundo a ação salvadora e libertadora de
Deus,
os "Sinais", que Jesus realizava então,
devem continuar acontecendo agora, através dos seus
seguidores.
- Em nossa vida e nossas comunidades há gestos de salvação e
libertação
que são sinais que o Reino de Deus já chegou?
- Os "surdos",
fechados num mundo sem comunicação e sem diálogo,
encontram em nós a Palavra viva de Deus
que os desperta para a comunhão e para o amor?
- Os "cegos",
encerrados nas trevas do egoísmo ou da violência,
encontram em nós o desafio que Deus lhes apresenta de abrir
os olhos à luz?
- Os "coxos",
privados de movimento e de liberdade,
escondidos atrás das grades em que a sociedade os encerra,
encontram em nós a Boa Nova da liberdade?
- Os "pobres",
sem voz nem dignidade, sentem em nós o amor de Deus?
* O que significa
hoje recuperar a vista aos cegos, a capacidade
de andar aos coxos, a audição aos surdos, a
ressurreição aos mortos?
+ A Liturgia de hoje é um convite forte à
alegria:
"Alegrai-vos sempre no Senhor, de novo
vos digo:
alegrai-vos:
o Senhor está perto". (Ant de Entrada)
A Boa Nova trazida no Natal é mensagem de alegria... Gabriel
na anunciação... Isabel na visitação... Maria no Magnificat... os Anjos aos
pastores...
A ALEGRIA é uma
característica de nossas Comunidades?
Somos semeadores de
alegria ou motivo de dor e tristeza?
Pe.
Antônio Geraldo Dalla Costa - 15.12.2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
A parábola do administrador desonesto

A parábola do administrador desonesto. - Lc 16,1-8
Depois, Jesus falou ainda aos discípulos: “Um homem rico tinha um
administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e
lhe disse: ‘Que ouço dizer a teu respeito? Presta contas da tua
administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. O
administrador, então, começou a refletir: ‘Meu senhor vai me tirar a
administração. Que vou fazer? Para cavar não tenho força; de mendigar
tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua
casa quando eu for afastado da administração’. Então chamou cada um dos
que estavam devendo ao seu senhor. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto
deves ao meu senhor?’ Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O
administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve:
cinquenta!’ Depois perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele
respondeu: ‘Cem sacas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e
escreve: oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque
agiu com esperteza. De fato, os filhos deste mundo são mais espertos em
seus negócios do que os filhos da luz”.
A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus.
É preciso cuidado para interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro, considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar sua felicidade.
O que preocupa Jesus são os meios para entrar no Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios, pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento.
É preciso cuidado para interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro, considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar sua felicidade.
O que preocupa Jesus são os meios para entrar no Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios, pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento.
Carlos Alberto Contieri,sj
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Não podemos ser cristãos de meio caminho – o Papa na missa desta quinta-feira apelou aos cristãos para tomarem a sério a sua fé
2013-10-24 Rádio Vaticana

Todos
os batizados são chamados a caminhar no caminho da santificação, não
podemos ser cristãos pela metade. Esta a ideia principal do Papa
Francisco na missa desta manhã na Casa de Santa Marta. Há um antes e um
depois disse o Papa Francisco tomando como base a Carta de S. Paulo aos
Romanos. Com Jesus somos recriados, refeitos:
“Fomos refeitos em Cristo! Aquilo que fez Cristo em nós é uma recriação: o sangue de Jesus recriou-nos. É uma segunda criação! Se antes toda a nossa vida, o nosso corpo, a nossa alma, os nossos hábitos estavam no caminho do pecado, da iniquidade, depois desta recriação devemos fazer o esforço de caminhar pelo caminho da justiça, da santificação. Utilizai esta palavra: a santidade. Todos nós fomos batizados: naquele momento, os nossos pais – nós eramos crianças – em nosso nome fizeram um ato de fé: Creio em Jesus Cristo, que nos perdoou os pecados. Creio em Jesus Cristo.”
“Fomos refeitos em Cristo! Aquilo que fez Cristo em nós é uma recriação: o sangue de Jesus recriou-nos. É uma segunda criação! Se antes toda a nossa vida, o nosso corpo, a nossa alma, os nossos hábitos estavam no caminho do pecado, da iniquidade, depois desta recriação devemos fazer o esforço de caminhar pelo caminho da justiça, da santificação. Utilizai esta palavra: a santidade. Todos nós fomos batizados: naquele momento, os nossos pais – nós eramos crianças – em nosso nome fizeram um ato de fé: Creio em Jesus Cristo, que nos perdoou os pecados. Creio em Jesus Cristo.”
“Viver como cristão” – prosseguiu o Papa – significa assumir um estilo de vida que vive nesta recriação de Jesus e fieis ao nosso batismo. E não é mais possível dizer que se acredita em Jesus “mas vive-se como se quer! Isso não pode ser”, afirmou o Santo Padre.
Viver no caminho da santificação com as nossas imperfeições, debilidades e pecados assumindo o desafio do perdão e da reconciliação para – como afirmou o Papa Francisco – não sermos “cristãos de meio caminho”.
“Sem esta consciência do antes e do depois, de que nos fala Paulo, o nosso cristianismo não serve para ninguém! E mais: segue no caminho da hipocrisia. Digo que sou cristão mas vivo como pagão! Ás vezes dizemos ‘cristãos de meio caminho’, que não tomam isto seriamente. Somos santos, justificados, santificados pelo sangue de Cristo: tomar esta santificação e seguir com ela em frente!” (RS)
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Papa: "O que pedimos na oração é o 'papel' de presente. A verdadeira graça é Deus"
A
parábola do amigo importuno, que obtém aquilo que deseja graças à sua
insistência, inspirou o Papa Francisco a refletir sobre a qualidade da
nossa oração:
Isso nos faz pensar na nossa oração: como nós rezamos? Rezamos assim, por hábito, piedosamente mas tranquilos, ou nos colocamos com coragem diante do Senhor para pedir a graça, para pedir aquilo pelo qual rezamos? (É preciso, ndr) a coragem na oração: uma oração que não seja corajosa não é uma verdadeira oração. A coragem de ter confiança de que o Senhor nos ouça, a coragem de bater à porta … O Senhor diz: “Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e quem bate, a porta se abre”. É preciso pedir, procurar e bater.
Quando nós rezamos corajosamente, disse ainda o Papa, o Senhor nos concede a graça, mas também Ele se dá a si mesmo na graça: o Espírito Santo, ou seja, si mesmo! Jamais o Senhor concede ou envia uma graça por correio: jamais! Ele a concede! Ele é a graça!
O que nós pedimos, disse ainda o Francisco, na verdade é papel que embrulha a graça, porque a verdadeira graça é Ele, que vem para entregá-la. A nossa oração, se for corajosa, recebe o que pedimos, mas também o que é mais importante: o Senhor”.
Nos Evangelhos – observou– “alguns recebem a graça e vão embora”: dos dez leprosos curados por Jesus, somente um volta para agradecer-Lhe. O cego de Jericó encontra o Senhor na oração e louva a Deus. Mas é preciso rezar com a “coragem da fé”, reiterou o Pontífice, levando-nos a pedir também aquilo que a oração não ousa esperar: ou seja, o próprio Deus:
Não façamos a desfeita de receber a graça e não reconhecer Quem a dá: o Senhor. Que o Senhor nos dê a graça de doar-se a si mesmo, sempre, em toda graça. E que nós o reconheçamos, e que o louvemos como aqueles doentes curados do Evangelho. Porque naquela graça, encontramos o Senhor.
(BF)
Isso nos faz pensar na nossa oração: como nós rezamos? Rezamos assim, por hábito, piedosamente mas tranquilos, ou nos colocamos com coragem diante do Senhor para pedir a graça, para pedir aquilo pelo qual rezamos? (É preciso, ndr) a coragem na oração: uma oração que não seja corajosa não é uma verdadeira oração. A coragem de ter confiança de que o Senhor nos ouça, a coragem de bater à porta … O Senhor diz: “Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e quem bate, a porta se abre”. É preciso pedir, procurar e bater.
Quando nós rezamos corajosamente, disse ainda o Papa, o Senhor nos concede a graça, mas também Ele se dá a si mesmo na graça: o Espírito Santo, ou seja, si mesmo! Jamais o Senhor concede ou envia uma graça por correio: jamais! Ele a concede! Ele é a graça!
O que nós pedimos, disse ainda o Francisco, na verdade é papel que embrulha a graça, porque a verdadeira graça é Ele, que vem para entregá-la. A nossa oração, se for corajosa, recebe o que pedimos, mas também o que é mais importante: o Senhor”.

Nos Evangelhos – observou– “alguns recebem a graça e vão embora”: dos dez leprosos curados por Jesus, somente um volta para agradecer-Lhe. O cego de Jericó encontra o Senhor na oração e louva a Deus. Mas é preciso rezar com a “coragem da fé”, reiterou o Pontífice, levando-nos a pedir também aquilo que a oração não ousa esperar: ou seja, o próprio Deus:
Não façamos a desfeita de receber a graça e não reconhecer Quem a dá: o Senhor. Que o Senhor nos dê a graça de doar-se a si mesmo, sempre, em toda graça. E que nós o reconheçamos, e que o louvemos como aqueles doentes curados do Evangelho. Porque naquela graça, encontramos o Senhor.
(BF)
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Vou batizar o seu filho'', diz o papa por telefone a uma mãe solteira.
Terça, 10 de setembro de 2013
Os telefonemas de Francisco nunca são por acaso. Ele liga para uma pessoa para falar com todas. Neste caso, as mães solteiras. Um envelope endereçado simplesmente a "Sua Santidade, Francisco, Cidade do Vaticano". Na terça-feira à tarde, o celular de Anna Romano tocou. "Eu atendi e fiquei sem palavras: no início, pensei que era trote, mas depois ouvi a referência à carta sobre a qual só os meus pais sabiam". Do outro lado da linha, o pontífice.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 06-09-2013.
A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Vou batizar o seu filho. Nós, cristãos, não devemos levar a esperança embora", disse o papa por telefone à vendedora romana de 35 anos que tinha se dirigido a ele em um momento de desespero. Tendo ficado grávida de um homem que a abandonou, no fim de junho, ela escreveu a Francisco para contar a sua triste história.
"O meu companheiro me deixou, dizendo-me que não tem nenhuma intenção de cuidar do bebê a caminho, ou, melhor, me aconselhou a abortar", explica ela. "Por um instante, eu pensei em fazer isso realmente. Agora, só a ideia me dá calafrios. Naquele período, porém, eu estava muito sozinha e infeliz".
Ela optou por dar continuidade à gravidez, com o apoio da família. "O pontífice me telefonou e me disse que eu tinha sido muito corajosa e forte por ter decidido manter o meu bebê, apesar de o seu pai ter me deixado", conta a mãe solteira. "Ele me prometeu que vai batizá-lo pessoalmente: o seu telefonema foi emotivamente muito intenso e mudou a minha vida".
A mulher descobriu que o ex-companheiro já era casado e tinha um filho. Há alguns meses, Anna se mudou para Arezzo, onde encontrou trabalho como vendedora em uma joalheria, depois que a loja onde ela trabalhava em Roma fechou.
"Os telefonemas entram na esfera das relações pessoais do papa", observa um colaborador próximo de Bergoglio. "Os conteúdo dessa conversa expressam um sentimento de proximidade e de pastoralidade".
Anna Romano acrescenta: "Quando eu lhe disse que eu queria batizar o meu filho, mas que eu tinha medo que não fosse possível porque sou uma mãe solteira, já divorciada além disso, o papa me disse que, se eu não tivesse um pai espiritual para o batismo, ele mesmo pensava em dar o sacramento ao meu pequeno".
Um brilho na escuridão de meses sombrios. "Não sei se o papa realmente encontrará tempo para batizar o meu filho, que vai nascer no início de abril e que, se for menino, eu quero chamar de Francisco", enfatiza Anna. "Ele me deixou feliz, me deu força e eu conto a minha história porque eu gostaria que servisse de exemplo para muitas mulheres que se sentem longe da Igreja só porque encontraram o homem errado, estão divorciadas ou porque encontraram homens que nem sequer são dignos de serem pais".

Um sinal forte também para dentro da Igreja. "Ainda como arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio se confrontava com os sacerdotes que, em situações como essa, negavam o batismo", comenta o sociólogo Luca Diotallevi, organizador das Semanas Sociais dos Católicos. "O gesto de Francisco é um testemunho de fé que encoraja e lembra a todos que o julgamento sobre o comportamento das pessoas só pode ser dado por Deus".
Na mesma sintonia, o teólogo Gianni Gennari diz: "Batizando pessoalmente essa criança, o papa afirma o primado da misericórdia com relação ao julgamento sobre o passado dos pais e da família: Deus sempre olha para o futuro e esquece qualquer coisa diante de um coração aberto à esperança".
Além disso, acrescenta Gennnari, Francisco, dessa forma, "substitui o moralismo pela afirmação dos valores morais" diante de uma vida nascente: "Assim como o padre Milani, o papa toma diretamente nas mãos a situação, não delega aos outros e testemunha o Evangelho da esperança".
Os telefonemas de Francisco nunca são por acaso. Ele liga para uma pessoa para falar com todas. Neste caso, as mães solteiras. Um envelope endereçado simplesmente a "Sua Santidade, Francisco, Cidade do Vaticano". Na terça-feira à tarde, o celular de Anna Romano tocou. "Eu atendi e fiquei sem palavras: no início, pensei que era trote, mas depois ouvi a referência à carta sobre a qual só os meus pais sabiam". Do outro lado da linha, o pontífice.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 06-09-2013.
A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Vou batizar o seu filho. Nós, cristãos, não devemos levar a esperança embora", disse o papa por telefone à vendedora romana de 35 anos que tinha se dirigido a ele em um momento de desespero. Tendo ficado grávida de um homem que a abandonou, no fim de junho, ela escreveu a Francisco para contar a sua triste história.
"O meu companheiro me deixou, dizendo-me que não tem nenhuma intenção de cuidar do bebê a caminho, ou, melhor, me aconselhou a abortar", explica ela. "Por um instante, eu pensei em fazer isso realmente. Agora, só a ideia me dá calafrios. Naquele período, porém, eu estava muito sozinha e infeliz".
Ela optou por dar continuidade à gravidez, com o apoio da família. "O pontífice me telefonou e me disse que eu tinha sido muito corajosa e forte por ter decidido manter o meu bebê, apesar de o seu pai ter me deixado", conta a mãe solteira. "Ele me prometeu que vai batizá-lo pessoalmente: o seu telefonema foi emotivamente muito intenso e mudou a minha vida".

"Os telefonemas entram na esfera das relações pessoais do papa", observa um colaborador próximo de Bergoglio. "Os conteúdo dessa conversa expressam um sentimento de proximidade e de pastoralidade".
Anna Romano acrescenta: "Quando eu lhe disse que eu queria batizar o meu filho, mas que eu tinha medo que não fosse possível porque sou uma mãe solteira, já divorciada além disso, o papa me disse que, se eu não tivesse um pai espiritual para o batismo, ele mesmo pensava em dar o sacramento ao meu pequeno".
Um brilho na escuridão de meses sombrios. "Não sei se o papa realmente encontrará tempo para batizar o meu filho, que vai nascer no início de abril e que, se for menino, eu quero chamar de Francisco", enfatiza Anna. "Ele me deixou feliz, me deu força e eu conto a minha história porque eu gostaria que servisse de exemplo para muitas mulheres que se sentem longe da Igreja só porque encontraram o homem errado, estão divorciadas ou porque encontraram homens que nem sequer são dignos de serem pais".

Um sinal forte também para dentro da Igreja. "Ainda como arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio se confrontava com os sacerdotes que, em situações como essa, negavam o batismo", comenta o sociólogo Luca Diotallevi, organizador das Semanas Sociais dos Católicos. "O gesto de Francisco é um testemunho de fé que encoraja e lembra a todos que o julgamento sobre o comportamento das pessoas só pode ser dado por Deus".
Na mesma sintonia, o teólogo Gianni Gennari diz: "Batizando pessoalmente essa criança, o papa afirma o primado da misericórdia com relação ao julgamento sobre o passado dos pais e da família: Deus sempre olha para o futuro e esquece qualquer coisa diante de um coração aberto à esperança".
Além disso, acrescenta Gennnari, Francisco, dessa forma, "substitui o moralismo pela afirmação dos valores morais" diante de uma vida nascente: "Assim como o padre Milani, o papa toma diretamente nas mãos a situação, não delega aos outros e testemunha o Evangelho da esperança".
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