quarta-feira, 30 de outubro de 2013

o Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão?


Cidade do Vaticano (RV) - A esperança não é otimismo, mas uma “ardente expectativa” em direção à revelação do Filho de Deus. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta.

Tomando como estímulo as palavras de S. Paulo na Primeira Leitura do dia, o Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão? Não é fácil compreender o que é realmente a esperança – disse o Santo Padre – mas podemos, desde logo, saber aquilo que não é. Seguramente não é otimismo:

A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Não, aquilo é otimismo, não é esperança. Nem a esperança é uma atitude positiva perante as coisas. Aquelas pessoas luminosas, positivas... Isto é bom, mas não é esperança. Não é fácil perceber bem o que é a esperança. Diz-se que é a mais humilde das três virtudes, porque se esconde na vida. A fé vê-se, sente-se, sabe-se o que é. A caridade faz-se e sabe-se o que é. Mas o que é a esperança? Para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz S. Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus’. Não é uma ilusão.
A esperança é, portanto, mais do que otimismo, mais do que bom ânimo... Os primeiros cristãos – recordou o Santo Padre – consideravam a esperança como uma âncora na margem do Além. E a nossa vida é, precisamente, caminhar em direção a esta âncora – sublinhou o Papa Francisco:

Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança.
“Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais que isso. Penso em Maria, uma moça jovem, que depois que ela sentiu que era mãe mudou a sua atitude e vai, ajuda e canta aquele hino de louvor. Quando uma mulher engravida é mulher, mas já não é só mulher, é mãe. E a esperança é qualquer coisa como isto.” (RS/BF)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

CNSE faz presença marcante no SITE da Arquidiocese de Porto Alegre

Comunidade da Esperança completa primeiro ano
 
Grupo apresenta atividade para a comunidade

A Comunidade Nossa Senhora da Esperança/Grupo São Vicente Mártir comemoraram nesta quarta-feira, dia 23 de outubro,  um ano de convivência. Na Paróquia São Vicente Mártir, durante a missa da Devoção de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, os integrantes realizaram um ato de ação de graças pelas atividades desenvolvidas neste período.
Esta iniciativa é integrada por viúvos, pessoas solteiras e separadas, que proporcionar amizade e convivência.  Segundo a integrante do grupo, Zuleica Aranda Padilha, o grupo tem um ritual de convivência. “Há muitos momentos de oração, reflexão e partilha das vivências. Também participamos juntos de muitos eventos”. Os encontros acontecem a cada duas semanas.  Ela explica que o principal objetivo é promover a autoestima, a proximidade e a realização dos integrantes. “É gratificante ver como as pessoas passam a viver de forma diferente e com muita alegria”. Zuleica acrescenta que as diferenças ajudam a completar uns aos outros e dão apoio para enfrentar as dificuldades.
O grupo foi organizado a partir de pessoas que participaram de pastorais e movimentos paroquiais. “Quando a gente perde a companhia a gente busca a aproximação com outras pessoas para convivência”.  O movimento foi criado pelas Equipes de Nossa Senhora. Hoje,  esta iniciativa tem grupos espalhados por todo o  Brasil. Somente em Porto Alegre são dez grupos.

Saiba Mais:

Paróquia São Vicente Mártir
Fone: (51) 3268-1509
Rua Vitor Silva,186, Bairro Camaquã
Porto Alegre - RS

Por: Elton Bozzetto - Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Não podemos ser cristãos de meio caminho – o Papa na missa desta quinta-feira apelou aos cristãos para tomarem a sério a sua fé


2013-10-24 Rádio Vaticana

Todos os batizados são chamados a caminhar no caminho da santificação, não podemos ser cristãos pela metade. Esta a ideia principal do Papa Francisco na missa desta manhã na Casa de Santa Marta. Há um antes e um depois disse o Papa Francisco tomando como base a Carta de S. Paulo aos Romanos. Com Jesus somos recriados, refeitos:
“Fomos refeitos em Cristo! Aquilo que fez Cristo em nós é uma recriação: o sangue de Jesus recriou-nos. É uma segunda criação! Se antes toda a nossa vida, o nosso corpo, a nossa alma, os nossos hábitos estavam no caminho do pecado, da iniquidade, depois desta recriação devemos fazer o esforço de caminhar pelo caminho da justiça, da santificação. Utilizai esta palavra: a santidade. Todos nós fomos batizados: naquele momento, os nossos pais – nós eramos crianças – em nosso nome fizeram um ato de fé: Creio em Jesus Cristo, que nos perdoou os pecados. Creio em Jesus Cristo.”

“Viver como cristão”
– prosseguiu o Papa – significa assumir um estilo de vida que vive nesta recriação de Jesus e fieis ao nosso batismo. E não é mais possível dizer que se acredita em Jesus “mas vive-se como se quer! Isso não pode ser”, afirmou o Santo Padre.
Viver no caminho da santificação com as nossas imperfeições, debilidades e pecados assumindo o desafio do perdão e da reconciliação para – como afirmou o Papa Francisco – não sermos “cristãos de meio caminho”.

“Sem esta consciência do antes e do depois, de que nos fala Paulo, o nosso cristianismo não serve para ninguém! E mais: segue no caminho da hipocrisia. Digo que sou cristão mas vivo como pagão! Ás vezes dizemos ‘cristãos de meio caminho’, que não tomam isto seriamente. Somos santos, justificados, santificados pelo sangue de Cristo: tomar esta santificação e seguir com ela em frente!” (RS)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA IGREJA DE ONTEM E DE HOJE




Valentim , Dona Nancy e Cleide



Embora pareça estranho, a mulher, desde a Igreja primitiva, sempre foi participativa na vida da Igreja e não apenas aquela que se pedia para ficar calada e com a cabeça coberta. Serve de exemplo Lidia, que disse a Paulo e aos seus seguidores que “se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-se em minha casa” (At 16,15). E eles, segundo consta, aceitaram o convite. A casa dessa mulher e de muitas outras foram centros de reuniões e de atividades diversas da jovem comunidade cristã. Lídia talvez fosse uma senhora viúva e sua casa era um centro de acolhida para aqueles que estavam encarregados pelo próprio Cristo de levar a boa nova até os confins da terra.
           O Apóstolo Paulo, aparentemente, tornou insignificante o papel da mulher, quer na sua vida normal, como no serviço na Igreja.
   
Na tradição paulina, se lido apenas textos isolados, à mulher está reservada a tarefa de cuidar da casa, educar os filhos e ser obediente ao marido. Na verdade não era apenas isso, eis que eram verdadeiras testemunhas da Palavra de Deus e autênticas “catequistas”, por serem experientes e prudentes, não só em relação à Palavra de Deus, mas também no aconselhamento e cuidados com as recém casadas, para que fossem zelosas e amorosas no seu papel de mãe e esposa. De certa forma poder-se-ia dizer que isso já era um “indício” da Pastoral Familiar dos dias de hoje. A vida cristã, desde o seu início, colocava fim a todas as discriminações, tanto no plano social, como no religioso e no cultural. Não seria tarefa, fácil, como não é ainda hoje, extirpar-se de vez esse ranço que vem desde os tempos de antanho. 

No aspecto religioso, tanto homens como mulheres eram destinatários da mensagem salvífica de Deus. Paulo certamente não concordava com o conceito discriminatório contido na oração judaica que dizia: “Bendito és tu, rei do universo, que não me fizeste nascer pagão, nem escravo, nem mulher”. Antes, dizia: “Fomos todos batizados num só espírito, para ser um só corpo, judeus e gregos, escravos e livres”. Por “livres” entende-se, inquestionavelmente, homens e mulheres, assim como o mandamento de amor de Jesus não pode ser considerado apenas destinado aos homens. Paulo era um missionário itinerante, judeu de nascimento, talvez solteiro ou mesmo viúvo. Era profundo conhecedor dos costumes, leis e princípios predominantes na época, dentre eles, obviamente, os que discriminavam a mulher. 

Como bom cristão, considerava que a Igreja era uma realidade espiritual, em torno da qual se juntavam homens e mulheres em nome de Jesus Cristo. A submissão feminina, numa leitura compatível com a Igreja pós Concilio Vaticano II, pode ser entendida como uma alusão as santas mulheres da Bíblia, cujo exemplo maior é Sara, sempre respeitosa e obediente ao marido Abraão, premiada por Deus com um filho em idade avançada. Fica claro, para quem quiser enxergar, que a lógica dos homens, nada tem a ver com a lógica de Deus. Vale muito neste particular que Maria, a mãe de Jesus, aprendeu a amar segundo essa lógica, seguindo o Filho no seu ministério, não como mãe, mas sim como mulher envolvida e participante no plano de salvação de Deus. Sabemos que os usos e costumes levam séculos para serem modificados. 
CNSE Porto Alegre

Com as coisas ligadas a nossa Igreja, guardiã das verdades doutrinárias, talvez levem um tempo ainda maior. Qual a realidade de hoje? Vemos mulheres extremamente ativas nos serviços eclesiais, movimentos, associações, ministérios e pastorais diversas. Dedicam-se a obras sociais, atendimento a enfermos, são Ministras da Eucaristia, catequistas, participam da liturgia, do canto, da acolhida, ensinam artesanato, dão aulas de alfabetização, organizam atividades, aconselham, coordenam trabalhos específicos e tantas outras coisas. Além, é claro, de não descuidarem dos filhos, maridos, netos, vizinhos, amigos - etc. É natural que em razão dos mistérios da própria vida, essas valorosas mulheres sejam marcadas por angustias, sofrimentos, desilusões, dores, como no caso da morte do cônjuge ou da separação como mal menor em razão de uma vida a dois sofrida, angustiante e insuportável. 
Existem também aquelas que, por um segredinho de Deus, não constituíram famílias e permanecem solteiras. Todas, porém, são bravas e guerreiras e sabem que o Senhor está perto delas para animar, fortalecer e impulsionar. Exemplo vivo disso percebe-se nas integrantes do Movimento Comunidades Nossa Senhora da Esperança”, que tem por objetivo dar apoio espiritual, religioso e vivencial tanto as Viúvas, como as Separadas e Solteiras que caminham sós. Para não discriminar ninguém, o Movimento aceita, também, homens que vivem a mesma realidade. Essas bravas mulheres são como aquelas frutas que jamais teriam o sabor que tem, caso não desabrochassem e vivessem como cachos de sustentação e apoio mútuo. Juntas ou em grupos, tudo fica mais fácil, inclusive para orar, agradecer e louvar o Senhor da Messe.

Cleide e Valentim Giansante
                                               e-mail: cleide.valentim@terra.com.br

===========================
                                              
Cleide e Valentim fizeram parte da Equipe de trabalho montado pela Dona Nancy C. Moncau, viúva equipista, para iniciar no Brasil o Movimento “Comunidades Nossa Senhora da Esperança”, que tem por objetivo dar apoio espiritual e religioso as Viúvas/os e Pessoas Sós, ou seja, as solteiras e separadas que permanecem sozinhas. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Papa na Santa Marta: "Só as boas ações não nos salvam. É preciso combater a 'síndrome de Jonas"'





Cidade do Vaticano (RV) - É preciso combater a “síndrome de Jonas” que nos leva à hipocrisia de pensar que somente nossas obras são suficientes para nos salvar. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta manhã na Casa Santa Marta.

No Evangelho de hoje, observou o Pontífice, Jesus fala de “geração má”, referindo-se aos “doutores da lei” que tentavam criar uma armadilha para Ele. Essas pessoas lhe pediam sinais e Jesus respondeu que não haveria sinal nenhum, exceto o de Jonas.

Para o Papa Francisco, existe também a “síndrome de Jonas”. O Senhor lhe havia pedido que fosse a Nínive e ele fugiu para a Espanha. Tudo era claro para Jonas: “a doutrina é esta”, “se deve fazer isso” e os pecadores “que se virem, eu vou embora”. Os que vivem segundo esta síndrome de Jonas, advertiu o Papa, Jesus os chama de hipócritas, pois não buscam a salvação dos pecadores:
 
 
A ‘síndrome de Jonas’ não se preocupa com a conversão das pessoas, busca uma santidade que, eu diria, é uma santidade de ‘tinturaria’, toda perfeita, mas sem o zelo de pregar o Senhor.
Diante dessa geração má, o Senhor promete o sinal de Jonas. Na versão de Mateus, ele ficou três dias e três noites dentro de uma baleia, em referência a Jesus no sepulcro – e este é o sinal que Jesus promete contra a hipocrisia, contra esta atitude de religiosidade perfeita. Através da sua morte e de sua ressurreição, o sinal de Jesus promete a sua misericórdia.
O verdadeiro sinal de Jonas é o que nos dá a confiança de sermos salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, e são muitos, pensam que serão salvos somente por aquilo que fazem, por suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, um resposta àquele amor misericordioso que nos salva. Só as obras, sem este amor misericordioso, não servem. 


Ao invés, a ‘síndrome de Jonas’ tem confiança somente na sua justiça pessoal, nas suas obras.
Eis que a ‘síndrome de Jonas’ nos leva à hipocrisia, àquela suficiência, a sermos cristãos limpos, perfeitos, porque fazemos as obras e cumprimos os mandamentos. É grande doença”, disse o Papa, enquanto o sinal de Jonas é a misericórdia de Deus em Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós para a nossa salvação.

O sinal de Jonas, explicou, nos chama a seguir o Senhor, com humildade e com mansidão. Trata-se de um chamado e de uma escolha. “Aproveitemos esta liturgia – concluiu o Papa – para nos questionar e fazer uma escolha: que eu prefiro? A síndrome ou o sinal de Jonas?”
(BF)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Papa: "O que pedimos na oração é o 'papel' de presente. A verdadeira graça é Deus"


Cidade do Vaticano (RV) – Na oração, devemos ser corajosos e descobrir que a verdadeira graça que nos é dada é o próprio Deus: é o que afirmou o Papa na Missa desta manhã em Santa Marta. No centro da homilia, o trecho do Evangelho em que Jesus destaca a necessidade de rezar com insistência e confiança:
A parábola do amigo importuno, que obtém aquilo que deseja graças à sua insistência, inspirou o Papa Francisco a refletir sobre a qualidade da nossa oração:
Isso nos faz pensar na nossa oração: como nós rezamos? Rezamos assim, por hábito, piedosamente mas tranquilos, ou nos colocamos com coragem diante do Senhor para pedir a graça, para pedir aquilo pelo qual rezamos? (É preciso, ndr) a coragem na oração: uma oração que não seja corajosa não é uma verdadeira oração. A coragem de ter confiança de que o Senhor nos ouça, a coragem de bater à porta … O Senhor diz: “Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e quem bate, a porta se abre”. É preciso pedir, procurar e bater.
Quando nós rezamos corajosamente, disse ainda o Papa, o Senhor nos concede a graça, mas também Ele se dá a si mesmo na graça: o Espírito Santo, ou seja, si mesmo! Jamais o Senhor concede ou envia uma graça por correio: jamais! Ele a concede! Ele é a graça!
O que nós pedimos, disse ainda o Francisco, na verdade é papel que embrulha a graça, porque a verdadeira graça é Ele, que vem para entregá-la. A nossa oração, se for corajosa, recebe o que pedimos, mas também o que é mais importante: o Senhor”.
Nos Evangelhos – observou– “alguns recebem a graça e vão embora”: dos dez leprosos curados por Jesus, somente um volta para agradecer-Lhe. O cego de Jericó encontra o Senhor na oração e louva a Deus. Mas é preciso rezar com a “coragem da fé”, reiterou o Pontífice, levando-nos a pedir também aquilo que a oração não ousa esperar: ou seja, o próprio Deus:
Não façamos a desfeita de receber a graça e não reconhecer Quem a dá: o Senhor. Que o Senhor nos dê a graça de doar-se a si mesmo, sempre, em toda graça. E que nós o reconheçamos, e que o louvemos como aqueles doentes curados do Evangelho. Porque naquela graça, encontramos o Senhor.
(BF)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Papa: "Rezar com o coração abre as portas a Deus e faz milagres"


◊   Cidade do Vaticano (RV) - Nesta terça-feira, 08 de outubro, a oração foi o tema central da homilia de Francisco, na missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, “mas não a oração de palavras, como papagaios – disse o Papa, mas a oração com o coração: olhar ao Senhor, escutar o Senhor e pedir ao Senhor”.

Papa Francisco desenvolveu sua homilia sobre este aspecto, partindo da conhecida cena do Evangelho em que Marta pediu a Jesus, quase o repreendendo, que sua irmã a ajudasse a servir, ao invés de ficar ali parada, a ouvi-lo. Jesus respondeu que “Maria havia escolhido a parte melhor”. “A parte – elucidou Francisco – da oração, da contemplação de Jesus”.

Em síntese, o Papa afirmou que um coração que sabe rezar sabe perdoar. É daí que se vê um bom cristão:

Quando não rezamos, fechamos as portas ao Senhor para que Ele não possa fazer nada! Ao invés, diante de um problema, de uma situação difícil, de uma calamidade, a oração abre as portas ao Senhor para que Ele venha. Ele refaz as coisas, Ele sabe arranjar as coisas, colocá-las no lugar. Rezar é isso: abrir as portas ao Senhor. Se as fecharmos, Ele não pode fazer nada”.

O Papa concluiu exortando a pensarmos em Maria, que escolheu a parte melhor e nos mostra o caminho para abrir as portas ao Senhor.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Francisco em Assis contra a mundanidade que todos mata

"A igreja deve despojar-se hoje de um perigo gravíssimo, que ameaça todas as pessoas da Igreja: o perigo da mundanidade." Foi uma das mensagens que o Papa deixou hoje em Assis, num encontro com pobres que recebem ajuda da Cáritas, na "sala do despojamento", local onde São Francisco abdicou de todos os bens materiais. Na visita a Assis, Francisco esteve ainda de manhã com crianças e jovens deficientes, e disse que os cristãos não podem esquecer o sofrimento. - See more at: http://vmais.rr.sapo.pt/default.aspx?fil=568991#sthash.LI4YK6NX.dpuf
Renascença V+Ver todos os videos
Francisco em Assis contra a mundanidade que todos mata
Rádio RenasceçaMais informação sobre este video

Somos crentes?

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,5-10 que corresponde ao Domingo 27 do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.


Eis o texto
desconhecer
Jesus tinha-lhes repetido em diversas ocasiões: “Que pequena é a vossa fé!”. Os discípulos não protestam. Sabem que Ele tem razão. Levam bastante tempo junto 
Dele. Eles O veem entregue totalmente ao Projeto de Deus; só pensa em fazer o bem; só vive para fazer a vida de todos mais digna e mais humana. Poderão segui-Lo
até ao fim?

Segundo Lucas, num momento determinado, os discípulos dizem a Jesus: “Aumenta-nos a fé”. Sentem que a sua fé é pequena e débil. Necessitam confiar mais em Deus e acreditar mais em Jesus. Não o entendem muito bem, mas não discutem. Fazem justamente o mais importante: pedir-Lhe ajuda para que faça crescer a sua fé.
A crise religiosa dos nossos dias não respeita nem sequer os praticantes. Nós falamos de crentes e não crentes, como se fossem dois grupos bem definidos: uns têm fé, outros não. Na realidade, não é assim. Quase sempre, no coração humano, existe, ao mesmo tempo e alternadamente, um crente e um não crente. Por isso, também nós que nos chamamos “cristãos” temos de nos preguntar: Somos realmente crentes? Quem é Deus para nós? Amamo-Lo? É Ele quem dirige a nossa vida?
A fé pode debilitar-se em nós sem que nunca nos tenha assaltado uma dúvida. Se não a cuidamos, pode diluir-se pouco a pouco no nosso interior para ficar reduzida simplesmente a um hábito que não nos atrevemos a abandonar, pelo sim pelo não. Distraídos por mil coisas, já não conseguimos comunicar-nos com Deus. Vivemos praticamente sem Ele.
Que podemos fazer? Na realidade, não se necessitam grandes coisas. É inútil que nos coloquemos objetivos extraordinários, pois seguramente não os vamos cumprir.
O primeiro é rezar como aquele desconhecido que um dia se aproximou de Jesus e lhe disse: “Creio, Senhor, mas vem em ajuda da minha incredulidade”. É bom repeti-lo com o coração simples. Deus entende-nos. Ele despertará a nossa fé.

Não temos de falar com Deus como se estivesse fora de nós. Está dentro. O melhor é fechar os olhos e ficar em silêncio para sentir e acolher a Sua Presença. Tampouco temos de nos entreter em pensar Nele, como se estivesse só na nossa cabeça. Está no íntimo do nosso ser. Temos de procurá-lo no nosso coração.
O importante é insistir até ter uma primeira experiência, mesmo que seja pobre, mesmo que só dure uns instantes. Se um dia percebemos que não estamos sós na vida, se captamos que somos amados por Deus sem merecê-lo, tudo mudará. Não importa que tenhamos vivido esquecidos Dele. Acreditar em Deus é, antes de tudo, confiar no amor que Ele nos tem.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A paz e a alegria são o sinal da presença de Deus na Igreja!



Homilia na Santa Marta: paz e alegria são sinais da presença de Deus na Igreja
◊   Cidade do Vaticano (RV) – A paz e a alegria são o sinal da presença de Deus na Igreja: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta, comentando as leituras do dia.

Os discípulos estavam entusiasmados, faziam programas, projetos para o futuro sobre a organização da Igreja nascente, discutiam quem fosse o mais importante. Mas Jesus – explica o Papa – os surpreende, transferindo o centro da discussão para as crianças: “Quem entre vós é o menor de todos, este é o maior”:

“O futuro de um povo está justamente aqui, nos idosos e nas crianças. Um povo que não cuida deles não tem futuro, porque não terá memória e não terá promessa! E quanto é comum deixá-los de lado. As crianças são tranquilizadas com uma bala, com um brinquedo. E os idosos são impedidos de falar, ignorando seus conselhos …”.

E os discípulos, destacou o Papa, não entendiam:

“Eu entendo que os discípulos queriam a eficácia, queriam que a Igreja prosseguisse sem problemas. E isso pode se tornar uma tentação para a Igreja: a Igreja do funcionalismo! A Igreja bem organizada! Tudo no lugar, mas sem memória e sem promessa! Esta Igreja, assim, não funcionará: será a Igreja da luta pelo poder, do ciúme entre os batizados e tantas outras coisas quando faltam memória e promessa”.

Portanto, a “vitalidade da Igreja” não está nos documentos e nas reuniões “para planejar e fazer bem as coisas”: trata-se de realidade necessárias, mas não são “o sinal da presença de Deus”:

“O sinal da presença de Deus é este, como disse o Senhor: ‘Velhos e velhas se sentarão nas praças de Jerusalém, cada um com sua bengala na mão por sua longevidade. E as praças da cidade estarão repletas de meninos e meninas brincando. Brincadeira nos faz pensar em alegria: é a alegria do Senhor. E esses idosos, sentados com a bengala na mão, tranquilos, nos fazem pensar na paz. Paz e alegria: este é o ar da Igreja!”.

(BF)