O pão da nossa mesa deve ser repartido com os pobres, o pão da nossa mesa deve ser repartido com aqueles que nada têm!
”Mas Jesus respondeu: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer”’ (Mc 6, 37).
Meus irmãos, uma numerosa multidão está seguindo Jesus, e Ele tem
compaixão de Suas ovelhas, que parecem, muitas vezes, perdidas, como se
não tivessem pastor. Jesus começa a lhes ensinar muitas coisas, porque
este é o primeiro alimento: o ensinamento da Palavra, o pão da Palavra,
que vem da boca de Deus. É o primeiro alimento que nos sacia, porque não
só de pão vive o homem, mas da Palavra que vem da boca de Deus. Por
isso Cristo a ensina para todos.
Todos que querem escutá-la e aprender com o Senhor, Ele a ensina! Mas
o mesmo Jesus que ensina, que prega e que anuncia a Palavra de Deus é o
mesmo que diz aos Seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. E o
”dar de comer”, aqui, não é simplesmente dar de comer um pão celeste, um
pão consagrado, não somente o pão da Palavra; mas o dar de comer é para
saciar a fome material, a fome física, porque o povo já está cansado,
abatido e não tem o que comer.
Sabem, meus irmãos, é missão de todos nós repartirmos o que nós temos
com os famintos e sedentos da humanidade! É verdade que a Igreja não
vai resolver o problema da pobreza e da desigualdade humana, mas a
Igreja é sinal, é mãe, é mestra. Nenhuma mãe vê seus filhos passarem
fome e apenas lamenta, nenhuma mãe que vê que seus filhos não têm o que
comer diz: ”Que pena, coitadinho, tá com fome!”
Nós temos que não só anunciar a Palavra, mas também temos que colocar
o pão na boca dos famintos; esse não é um dever, uma obrigação, só das
obras assistenciais da Igreja, diversas congregações, obras maravilhosas
de apoio e de superação da fome e da miséria que a Igreja tem em todo o
mundo. Esse é dever nosso de discípulos de Jesus, porque a
ordem que Jesus deu a Seus discípulos é a mesma que também dá a nós:
”Dai-vos mesmos de comer”.
O pão da nossa mesa é para ser repartido com os pobres, o pão da
nossa mesa é para ser repartido com aqueles que nada têm! Que nenhum de
nós seja indiferente à fome do mundo, à fome das pessoas! E aqui volto a
dizer: não é só fome de Deus, mas é fome do pão de cada dia para comer.
Nós devemos promover a multiplicação e a divisão do pão, porque não
fazer isso é mais do que pecado; é um pecado que arrasa o coração de
Deus ver qualquer um dos Seus filhos passar e padecer de fome. Que nós
levemos o pão que está à nossa mesa para aqueles que não têm o que
comer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário