Vocação das Religiosas e Consagrados
Homenageando
todos os religiosos e religiosas que contribuíram e contribuem com a construção
do Reino de Deus, principalmente nas CNSE, apresentamos três parágrafos do Documento de
Aparecida e uma bela reflexão a respeito da vocação religiosa postada no blog vocacional franciscano indicado no final desta página.
Os consagrados e consagradas, discípulos
missionários de Jesus Testemunha do Pai
“A vida
consagrada é um dom do Pai, por meio do Espírito, à sua Igreja, e constitui
elemento decisivo para sua missão. Expressa-se na vida monástica, contemplativa
e ativa, nos institutos seculares, naqueles que se inserem nas sociedades de
vida apostólica e outras novas formas. É um caminho de especial seguimento de
Cristo, para dedicar-se a Ele com coração indiviso e colocar-se, como Ele, a
serviço de Deus e da humanidade, assumindo a forma de vida que Cristo escolheu
para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente.
Em comunhão com
os Pastores, os consagrados e consagradas são chamados a fazer de seus lugares
de presença, de sua vida fraterna em comunhão e de suas obras, lugares de
anúncio explícito do Evangelho, principalmente aos mais pobres, como tem sido
em nosso continente desde o início da evangelização. Desse modo, segundo seus
carismas fundacionais, colaboram com a gestação de uma nova geração de cristãos
discípulos e missionários e de uma sociedade onde se respeite a justiça e a
dignidade da pessoa humana.
A partir do seu
ser, a vida consagrada é chamada a ser especialista em comunhão, no interior
tanto da Igreja quanto da sociedade. A vida e missão dos consagrados devem
estar inseridas na Igreja particular e em comunhão com o Bispo. Para isso, é
necessário criar meios comuns e iniciativas de colaboração que levem a um
conhecimento e valorização mútuos e a um compartilhar da missão com todos os
chamados a seguir a Jesus”. (DAp, 216-218)
Vida religiosa, um serviço ao Reino de Deus
“Rápido para perdoar, demorado para irar”. Descreve
Celano acerca de Francisco de Assis. “Sereno na inteligência,
delicado, sóbrio, contemplativo, constante na oração e fervoroso em todas as
coisas. Firme nas resoluções, equilibrado, perseverante e sempre o mesmo.
Rápido para perdoar e demorado para irar, tinha a inteligência pronta, uma
mémoria luminosa, era sutil ao falar, sério em suas opções e
simples. Era rigoroso consigo mesmo, paciente com os outros, discreto com
todos. Muito eloquente, tinha o rosto alegre e o aspecto bondoso, era diligente
e incapaz de ser arrogante" (LC Cap. 29,83).
A atitude duma pessoa firme e espiritualidade
simples, mas séria, obterá sem dúvidas outros seguidores. A graça de Deus é
abundante naqueles que procuram seguir firmemente o Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo. É a atitude de um santo.
Reflexão
A vocação religiosa tem sempre no fundo este
carisma: o que é próprio, criativo, puro e santo. Assim temos uma infinidade de
homens e mulheres que deixaram tudo, seus caprichos pessoais e ouviram ao
chamado do Mestre. Citamos apenas alguns: São Vicente de Paula, São
Domingos, São Francisco de Assis, São João Bosco, Santa Clara, Madre
Tereza de Calcutá... O surgimento destas vidas e tantas e tantas outras,
fizeram nascer congregações e ordens religiosas. São grupos de
pessoas (até milhares) que aceitam um determinado modelo de vida para servir
mais plenamente ao Reino de Deus. Cada um tem o que é o seu próprio, o que
caracteriza a sua inspiração original. É na diversidade dos dons que nos são
apresentados caminhos diversos para servir ao Senhor. Escolhendo o que mais
possa adaptar-se, cada um tem o direito e a liberdade de seguir e assumir um
destes caminhos.
A vocação religiosa aparece como o grande serviço ao Reino de Deus. A pessoa que opta por esta vida, não está alheio ao mundo. Não fica proibido de ter contato com sua família. Por força de caridade, até tem obrigações para com ela. Não constitui uma família (matrimônio), mas assume a grande família religiosa, conforme o seu carisma. Está em família. Por isso não está isento de dificuldades e de diferenças. Assume o diferente, para que, como religioso(a), possa ligar-se mais à vontade de Deus.
Algo o diferencia dentro do mundo. Está no mundo para ser sinal diferente dentro do mundo. Conhece o mundo para santificá-lo e dar verdadeiro testemunho de Paz, Justiça, Alegria e Felicidade. Esta opção de vida, esta vocação tem como finalidade chamar todos os homens de boa vontade ao Pai. É ver o mundo, as coisas, as pessoas, a vontade com mais exatidão. É o chamado para a santificação. É o convite ao mundo para santificar-se. Esta opção orienta a própria vontade para assumir a grande vontade do Pai. Por isso, o religioso se entrega ao Pai para concretizar seu plano de salvar todos os homens de boa vontade.
Para refletir
a. Tem sentido a Vida Religiosa hoje?
b. Para você: o que empolga na Vida Religiosa?
Fonte da reflexão e ilustração: http://vocacaofranciscana.blogspot.com.br
Foto: Irmãs Elizabetta e Maria (falecidas), Maria José, Conceição, Rita, Aloísia e Inês (ursulinas)
Foto: Irmãs Elizabetta e Maria (falecidas), Maria José, Conceição, Rita, Aloísia e Inês (ursulinas)
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